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quinta-feira, julho 09, 2015

MAGIA DO RPG: ELFOS NEGROS


Fala galera, Green de volta depois de séculos preso na grande floresta do esquecimento kkkkk.
Enquanto estive em meu  exílio pensei em varias matérias, e como minha ultima matéria foi sobre RPG de mesa  resolvi continuar na mesma pegada, mas agora vou me concentrar um pouco em falar dos antagonista das historias (afinal sem eles não haveria história)e para começar com chave de ouro, vou falar sobre os misterioso e sombrios elfos negros


Lembrando que eu vou falar dos elfos negros  do RPG de mesa GURPS , que de longe são meus  elfos favoritos, um dos aspectos mais interessantes e bem bolados de todo o cenário medieval oferecido em GURPS Fantasy, junto de toda a raça élfica em geral.


Mais antes uma pequena narrativa de introdução do MESTRE GREEN :


“ Você vive em um mundo belo, onde  a relva é macia e as árvores são frondosas. Um mundo em que durante o dia o sol brilha, terno e paternal, e a noite  a lua lhe sorri sempre brilhante, lançando sua luz prateada através da escuridão.

 Seu nome é Ezuri. Você tem quinhentos e vinte e sete anos, e é um elfo membro de uma das muitas tribos que vivem nas florestas. Não é casado – seu povo não conhece ou acredita nisto, mas está exclusivamente junto da mesma mulher a duzentos anos, e vocês estão pensando em ter uma criança


O mundo de Yrth é grande e, com os orcs espalhados e vagando por todos os lados, nunca é seguro de mais, ainda que sua tribo esteja localizada em uma parte da floresta raramente visitada por tais animais. Ainda que seja um estudante do arcano, um mago, você trabalha como todos os outros, pelo bem da comunidade. Hoje, você está voltando de uma pequena viagem de caça, satisfeito pelos dois cervos que seu cavalo encantado carrega nas costas e com a certeza de que aqueles animais providenciarão alimento para a tribo por pelo menos uma semana. Em sua mente, ainda a memória vivida do sorriso saudoso de Aileen, sua companheira, e do toque de suas mãos. Você se perde por alguns minutos nas lembranças quase reais do modo como seus cabelos acobreados refletem a luz do sol e balançam ao redor de seu rosto enquanto ela ri. Você se lembra do cheiro dela. Cheiro de cinzas. ... Cinzas?!
  
Você é tragado de volta para a realidade ao captar o cheiro da fumaça no ar. Vem da direção da tribo. Você corre, o medo pulsando em seu peito na forma de um nó desconfortável. Quando irrompe pelas arvores, sente vontade de chorar – chamas. Está em tudo em chamas, e os corpos semi-carbonizados e agonizantes de seus irmãos espalhados pelo chão.

 “Aileen!”, você se escuta gritar e gritar, beirando o descontrole, enquanto corre em direção a própria casa. A porta está entreaberta e por ela você irrompe apenas para descobrir os móveis destruídos, a sala revirada, fogo dançando pelas paredes.
  
Você a escuta chorar, e corre em direção ao som. Quando entra no quarto, a cena é dantesca: Aileen está jogada ao chão, nariz quebrado, rosto empapado de sangue, a própria encarnação do desespero e da derrota. Sobre ela, um corpulento e enorme orc verde-vômito avança, risonho ante ao estupro.
  
Você grita de novo, lágrimas nos olhos enquanto canaliza o fogo que come a mobília em suas mãos, em uma esfera explosiva, para matá-lo.                                                                                  

Aileen grita algo que soa como “cuidado”. Você sente algo gélido a lhe atingir a nuca e se dobra para frente, tudo girando e a consciência lhe abandonando. Você luta contra o negrume, mas perde.
  
Você desmaia. 
Você morre. ”

 Aileen...?


Os Elfos Negros de GURPS não tem a pele cinza, e nem tem os cabelos prateados. Eles não vivem em cavernas, elas não adoram um deus Aranha, eles não têm medo do sol, não se chamam Drows, não são malignos em essência e definitivamente não são uma espécie a parte.
  
O que eles são é um grupo político de elfos unidos sob um ideal extremista de retaliação. Eles são os homens e mulheres que disseram “chega!” e  séculos atrás, cometeram um terrível erro de cálculo.

 O Banestorm, traduzido como Cataclisma, se deu a cerca de mil anos atrás. Nele, um grupo de elfos insatisfeitos – revoltados e agonizados – com a presença Orc no mundo, cansados de vê-los destruir e matar tudo onde punham seus olhinhos maldosos juntaram-se para realizar um ato de magia que, na época, beirava o inimaginável: expulsar do mundo os selvagens orcs e os maliciosos anões, deixando-os apenas para os elfos.

 Mas algo deu errado. Algo deu muito errado, na verdade, e o tiro saiu pela culatra.
 A energia mágica dedicada ao ritual era tamanha que quando o ato falhou, ele fez mais do que apenas isso: elevando a falha (crítica, provavelmente) a proporções catastróficas, o Banestorm não só destruiu uma região imensa – antigamente lar da maior parte dos elfos e localização das grandes cidades-floresta, mas hoje conhecida apenas como o Grande Deserto, como também gerou efeito contrário ao desejado, abrindo portais e vórtices entre os planos existenciais, literalmente tragando para Yrth dezenas de novas espécies – entre elas, os humanos.
  
Os poucos sobreviventes do grupo conhecido como Elfos Negros se viram obrigados a fugir, escondendo-se do próprio povo e também das raças infantes que haviam erroneamente levado para seu mundo.

 E a desgraça não para por aí: além de para sempre serem obrigados a carregar sobre os ombros a culpa de infestar seu precioso mundo com novas aberrações, e de terem destruído uma enorme região do continente, esses elfos de viram exilados dos próprios irmãos e irmãs, que os culpam – talvez acertadamente – por sua tragédia. Há também a necessidade de se lembrar que se as raças que foram tragadas para Yrth eram hostis aos orcs, elas também eram hostis aos elfos... E muito mais numerosas.
  
Os Elfos estão morrendo. São uma raça em extinção, e os Elfos Negros carregam consigo a amarga certeza de que a culpa não é de ninguém senão deles. Eles vestem o negro em seu nome por luto.

 Luto pela própria espécie. Estão de luto por todas as vidas perdidas durante o Cataclisma. De luto pela própria eterna natureza, a ser violada pelos homens.

Mas eles querem reparar seus erros.


 E vão começar por você HOHOHOH.(RISADA MALIGNA) 

 CONSIDERAÇOES FINAIS DO MESTRE GREEN:
 Como vocês podem ver, os Elfos Negros não são necessariamente maus – temos a tendência de vê-los assim, pois, como homens, somos um pouco tendenciosos contra qualquer coisa que deseja nossa eliminação total e absoluta. É necessário certo esforço, para ver a situação da perspectiva deles, e é isto, essa visão, que tentei passar aqui.

Mas é claro – eles dão ótimos vilões. Com sua posição político-filosófica de extermínio, são vilões e antagonistas fáceis de serem postos em mesa. Principalmente por serem tão estilosos como são.

Acho importante ressaltar, também, o que já foi dito alguma linhas acima: Em GURPS, os sub-grupos élficos não são espécies diferentes. São tribos diferentes da mesma criatura, com diferenças físicas entre si geradas pelos hábitos tribais. Os Elfos Negros são do mesmo modo, com a exceção de serem unidos por um ideal, e não um habitat.

Bom galera é isso, espero que vocês tenham gostado, se quiserem saber mais sobre o mundo nerd podem se inscrever no canal clicando aqui, fuuuuuiiiiiiii \o/




 




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