Depois do fim da saga de Goku, publicada semanalmente por
mais de 10 anos, o artista tem se dedicado a pequenos (e cada vez mais raros)
one-shots, ilustrações e character design, principalmente para games.
Pouco acessível, Toriyama declarou durante o evento para o
lançamento da Saga Majin Boo de Dragon Ball Kai, que estreia no próximo mês nas
manhãs de domingo da TV Fuji, algo que de certa forma comprova as “lendas” de
que o mangaká trabalhou por muitos anos de “saco cheio”, sob pressão da
Shueisha para não terminar o mangá, um dos maiores fenômenos comercias do Japão
(até hoje!).
Segundo ele, quando chegou na saga Boo já não aguentava mais
a violência da série, e achava que as situações se repetiam, o que fez com que
ele nunca mais quisesse desenhar um mangá do gênero, decisão vigente até hoje.
E esse detalhe da repetição – lutar contra inimigos “menores”
até chegar ao chefão, que é o cara mais poderosos do mundo até aquele momento –
era algo que incomodava muita gente, já que todos sabiam do potencial do autor
para criar situações mais interessantes, como vistas no inicio do mangá.
Essa declaração mostra nitidamente que quem ditava as regras
era a Shueisha, editora da Jump, lembrando que, no início, Dragon Ball era
totalmente voltado pra comédia nonsense com pitadas de ação, mas acabou indo
pra outro caminho no decorrer de sua publicação, justamente pra atender o
público que crescia e exigia que houvesse mais batalhas e violência – artifício
comumente usado pra atrair o público adolescente.
Independente da influência da editora (ou graças à ela), a
franquia é hoje uma das mais fortes não só no Japão, mas mundialmente.
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